Misture vários dias cinzas, nada pra fazer, chuva, chuva, chuva e dá no que?

TÉDIO.

Desconecta!

Sempre, sempre mesmo, fui fã de tecnologia. Acho assim indispensável fazermos nosso dia-a-dia absorver tudo o que for possível de tecnológico, para nossas vidas ficarem mais divertidas e atualizadas.

Por exemplo: vamos viajar no final do ano, em trupe, como já contei pra vcs. A organização da coisa é complexa, porque é bastante gente e cada pessoa fica um número diferente de dias. Nada mais prático do que criar uma planilha no Google Docs e linkar todo mundo. Ficassim uma coisa fina, elegante, e principalmente organizada. Isso é tecnologia.

Agora vou te falar uma coisa... Não bastasse o domingo ser o dia mais chato e esquisito da semana, e não bastasse ser este o único dia que não tem novela na Globo e aí eu posso CONVERSAR com as membras da família em horário nobre, eu chego na casa de mamis e a configuração é esta que segue (TODO domingo, mesma coisa):

VÓ E BISA NA SALA DE TV, ASSISTINDO FAUSTÃO; MÃE E IRMÃ NO SOFÁ ASSISTINDO, CADA UMA EM SEU LAPTOP, FILMES E SERIADOS.

Tipoassim uma mudez total e AI DE MIM se abrir a boca! Essa parte da tecnologia eu não gosto, não gosto, não gosto.

Que vergonha, Dekka!

Como deixa isso aqui tão vazio e por tanto tempo?

Toma vergonha nessa cara e bota os dedinhos pra trabalhar!

:D

Estamos de volta. Por tempo indeterminado, grazadeus. Afinal quem gosta de rotina é relógio.

Na Dekkaland nao tem TV aberta

Estou aqui traduzindo um release para a imprensa e o ouvido vez por outra sintoniza no Jornal Nacional. Rapaz, se eu estivesse fazendo uma lista de palavras negativas que meu ouvido já captou nesses 30 minutos, ela teria mais ou menos duas páginas e nem chegamos ao final do programa ainda.

O elenco inclui Tortura, Sequestro, Prisão, Assassinato, Morte, e esses são só os atores principais.

É por isso, precisamente ISSO, que eu não me arrependo nem por um instante de ter abandonado há cerca de 3 anos o detestável e frustrante e deprimente hábito de assistir aos programas de notícias e à TV aberta em geral. Quero ficar bem informada? Leio minha Super, minha Info, minha National, que acrescentam muito mais.

Mas por uma questão de obter argumentos que corroborem minha teoria, dia desses vou assistir ao JN com o laptop em mãos só para fazer essa listinha. Me aguardem.

De volta ao release. Obrigada pela audiência.

Dos Pesos e Das Medidas

De repente bateu aqui na cachola um questionamento muito estranho...

Tá chegando o dia em que eu e mais milhares (milhões?) de pessoas seremos proibidos de acender nossos pitos em bares, em baladinhas, em qualquer lugar de acesso coletivo no Estado de São Paulo que já não estivesse proibido pela lei anterior. Metrô, shopping, cinema, avião, escritório, vá lá. Mas nem com a nossa cervejinha do finde? Nhé.

Daí minha cachola muito coerentemente me perguntou o seguinte:

- Morrem mais pessoas vítimas de câncer causado pelo fumo passivo ou pela AIDS transmitida porque o parceiro foi inconsequente?

E eu fiz PÃ.

Não seria então razoável e absolutamente necessário também criar uma lei que obrigasse a plastificação do(a) ditocujo(a)? Porque a meu ver tá tudo no mesmo saco: da mesma maneira que um não-fumante tem a liberdade de se retirar de um recinto para evitar a fumaça, o(a) companheiro(a) tem a liberdade de se retirar de uma relação por falta de camisinha, com a ligeira diferença de que morrem muito mais pessoas de AIDS.

Porém, nem todo fumante passivo se retira do recinto e nem todo(a) companheiro(a) se retira da relação por pura opção, pelo livre arbítrio, pela liberdade de escolha, afinal, como dizem vários não-fumantes para nós fumantes, cada um escolhe seu jeito de morrer, correto?

Mas, oras, há que se proteger os indefesos. Logo, em defesa ferrenha do não-fumante, A Otoridade cria uma lei que pega do outro lado: massacra o fumante. Criemos então uma lei semelhante para acabar com a AIDS, pô! Uma lei que coloque na cadeia o Marido/Namorado Que Pulou Cerca E Matou A Mulher de AIDS ou vice-versa, o babaca que tirou a camisinha na hora H e disse que "saiu sem querer" e zilhares de outros exemplos que não precisam de ilustração. Uma lei que obrigue a plastificação para o bem geral da nação (olha a rima infame!).

Plastifiquemos e protejamos os indefesos!

-Nota: A cachola lembrou de outra comparação bem boa. Alguém já fez um estudo para averiguar quantas pessoas morrem vítimas de poluição? Daquela mesma de Sampa, ar preto, de fumaça de caminhão e ônibus? Se pá, capaz de morrer muito mais gente assim do que vítima do fumo passivo, né não?
-Nota 2: Me veio aqui uma idéia... Bem que podiam criar bares/baladas em Sampa que proibissem a entrada de não-fumantes! Há! Discriminemos também, já que me parece que está na moda.
-Nota 3: Fico aqui pensando qual será a próxima podada da Otoridade no nosso direito à liberdade. Será que vai ser uma proibição geral da liberdade de ir e vir, tipo nunca mais podemos sair de casa? Ou quem sabe... deixa ver... proibição de usar biquini e sunga na praia, tipo só pode de roupa? Talvez uma proibição do direito de meter a boca no trombone nos blogs? Xi.
-Nota 4: Se tudo o que incomoda a mim e a milhões de pessoas virasse lei, pra começar bem do comecinho nosso Presidente OtárioOtoritário seria proibido de ser candidato a qualquer coisa, muito mais à segunda re-eleição e seria obrigado a se transformar numa lula acéfala e morar num oceano bem distante daqui. E todos os palhaços espertalhões que roubam meu dinheiro pra dar festinhas regadas a Chandon e pra engordar contas nas Cayman seriam obrigados a virar porquinhos em um chiqueiro, que é o lugar que merecem: lama. E esse é só o comecinho.


E agora vou dormir. Boa noite.

Aqui não tem ninguém com esse nome

Gostaria muito de saber COMO TANTA GENTE é dona do meu telefone comercial e fornece ESSE número para contato.

Se ainda fosse para vender O MEU serviço, vá lá.

Acontece que diariamente (e de uns dias para cá tem aumentado o número) eu atendo umas DEZ ligações de empresas várias (Banco BMG, Bradesco, etc e tal) procurando pessoas que eu não faço a mínima idéia de quem sejam, pelos mais variados motivos, incluindo até uma vez em que ligaram do HC dizendo que Fulano estava internado e o número de contato era este. Nhé.

- Alô.
- Por favor o Sr. Altamiro Lopes Miranda está?
- Não tem ninguém com esse nome aqui.
- Esse telefone é comercial?
- Sim, é.
- Esse é o setor de RH?
- Moço, aqui somos EU e mais UMA funcionária somente. E nem eu nem ela chamamos Altamiro.
- Deve ter sido engano (oi?). Obrigada e boa noite.

Onde eu reclamo? Alguém sabe? Em que lista eu escrevo que aqui atendemos somente eu e mamis? Qualquer idéia será benvinda (oi? acordo ortográfico?). Obrigada.

Até que enfim, ou O Dia Em Que a Anatel Mostrou Serviço

Tá no Diário Oficial: a Telefônica está proibida de vender novas assinaturas até que tome vergonha na cara e prove que tem condições de prestar um serviço de gente.

Entre outras coisinhas, multinhas de R$1.000,00 por assinatura vendida a partir da publicação da ordem da Anatel no Diário Oficial.

Mas o que mais gostei? Os operadores devem informar os clientes que desejam adquirir o serviço que "a venda está suspensa temporariamente por determinação da Anatel, em razão da instabilidade da rede de suporte ao serviço". Amei. Não basta não poderem vender, têm de dizer que a razão é a palhaçada que anda acontecendo na rede.

E se não cumprirem todas as determinações da Anatel, que incluem, entre outras, um plano de contingência e redundância de rede? Multa de QUINZE MILHÕES DE REAIS.

WOOHOO!!!

Mais informações aqui e aqui. E é claro que a Telefônica já vendeu váááááárias assinaturas hoje. Eba!

Ser Consumidor

A conversa telefônica durou cerca de 20 minutos. Nem eu acreditei que tive tamanha paciência. Como sempre, eles começam bonzinhos, dizendo que têm uma super oferta que eu não posso deixar passar.


- Sra., hoje nós temos para a sua empresa uma oferta para dobrar sua velocidade do Speedy, para 2 megas, e ainda temos, sem custo adicional, um internet book da Positivo [e lista a configuração] sem custo adicional. Nada será cobrado da Sra. pelo computador, inclusive manutenção. Quebrou, a Sra. liga para nós e vamos trocar por outro novo.
- Mas eu não preciso de computador.
- Mas a Sra. precisa, sim [!]. Ele tem o tamanho de uma agenda eletrônica, é de facil manuseio e transporte.
- Mas eu não quero outro computador, até porque minha rede aqui é Apple e a comunicação entre as máquinas ficaria um pouco complicada. E já tenho todos os computadores de que preciso.
- Mas...
- Mas abata esse valor da mensalidade que eu posso até pensar.
- Não tenho como abater porque ele não tem custo nesse contrato.
[... agora a pegadinha:]
(Pensei comigo: ok, o bendito computador fica na caixa e eu tenho 2 megas de velocidade de internet)
- Para essa oferta temos um prazo de carência de 36 [TRINTA E SEIS] meses, sendo que se a Sra. desistir antes do prazo, paga 50% das mensalidades restantes.
[!!!]
- Olha, Fulano. Quando você tiver uma oferta em que me diga que vai aumentar minha velocidade, não vai cobrar nada por isso e não vai me oferecer um computador que, além de eu não precisar, vai me custar uma carência de TRÊS ANOS, você me liga. Bom dia.




Só rindo?


Em um país que diz que é proibido monopólio, uma empresa é a ÚNICA NO ESTADO com licença para operar linhas fixas por cabos telefônicos. Em um país que diz que é proibido monopólio, qualquer outra empresa que quiser oferecer serviços de telefonia fixa terá de usar outra tecnologia, porque os cabos telefônicos são da Telefônica. Em um país que diz que é proibido monopólio, o consumidor tem de engolir a Telefônica por falta de opção, a qual, por sua vez, não investe para melhorar a infraestrutura porque é a única dona do mercado. Em um país com um dos maiores índices de usuários de internet, a única provedora de DSL via cabos telefônicos do estado não tem capacidade de administrar e servir todos os usuários: um mês atrás, em mais um "apagão" do Speedy, os servidores DNS da empresa caíram; a solução que O OPERADOR DA TELEFÔNICA ME DEU? Utilizar o OpenDNS - servidor americano GRATUITO.


E não bastasse isso, na era da Oi, que vem pregando não prender os usuários por contrato, mas pela qualidade, e em que as companhias têm se virado nos 30 para melhorar a infraestrutura e a qualidade do serviço, A TELEFÔNICA QUER ME PRENDER POR TRINTA E SEIS MESES, prestando um serviço porco e me oferecendo um computador do qual eu não preciso?


Devo ter cara de idiota. Ou jeito de idiota.


Ah, não... Me lembrei: sou consumidora.

Ãhn?!

"Agentes dos EUA podem apreender laptops de turistas, diz jornal"

Juropordeus que está na Globo.com e eu conferi no Washington Post. É por essas e outras que meu destino-alvo para a próxima viagem de turismo NÃO é a Terra do Tio Sam. Obrigada.